sexta-feira, 11 de junho de 2010

Recomeçar,

não se recomeça o amor, o amor não se pode dar play, stop, pause, não pode tirar o disco e jogar fora como se não se importasse.
o que existe não é o esquecer do romance, das músicas cafonas e dos poemas decorados. não esquecer dos passos de dança, do eu te amo em várias linguas nem dos filmes agua com açucar. das flores trufa, do chocolate, nem dos bilhetinhos surpresa. não esquecer de tudo isso nem ter medo de dar todo o carinho de novo. se você já deu tudo de melhor que tinha para uma pessoa e ela não quer mais receber. oras, para que guardar para si? tem tantas milhares que nunca receberam nem metade do tudo que você tem a oferecer. É dificil se desapegar do fato focado do futuro com aquela pessoa, machuca muito ter que mudar as coisas, os planos, trocar os móveis de lugar... o que penso no entanto é que, essa dor, assim como nenhuma dor, mata a dor dói, quem aceita a morte é você. Pode estar com o coração destruído, mesmo assim ele ainda tem amor pra dar, ainda tem espaço pra uma história nova, talvez mais um vez e tudo funcione,e se não, a capacidade de amar nunca acaba e nem o amor de verdade acaba, no máximo muda um pouco. ai é que está, desanimo de viver? Não acredito em desanimo de viver, acredito em medo de se decepecionar, medo de dar errado mais uma vez, só que não acho que ninguém deva viver a própria vida guiado pelo medo, qualquer forma de medo. Porque ai, você está sofrendo por antecipação, sofrendo com o medo, e não com a decepção,sem se entregar, se existir sempre aquele pé atrás da pessoa que já sofreu, medo de que nunca vai sentir mesmo...
Vira um círculo vicioso em que o medo de não dar certo alimenta o fato de nunca dar certo, também não estou defendendo aqui que você deva se jogar de peito aberto a toda paixão, isso seria perigoso (mesmo que da primeira vez), mas em algum momento acho que você deve mandar o passado ficar no passado e se entregar.



with Lucas Ferreira