quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

poucas palavras pra ti que merece tanto (carinho e putaria, das boas)

tua boca mata minha fome teu corpo entra no meu e some meus dedos me perdem nos teus cachos eu olho nos teus olhos e me acho eu balanço e avanço mais um passo eu mordo, sorrio e é estardalhaço eu te aguo, tu me molha tu cresce, dentro de mim, desaparece nós crescemos

carta de desamor

não que você mereça, depois de tudo que aconteceu, não há nada mais que eu tenha a te falar. você não merece nenhum tipo de sentimento, e ainda bem, que meu coração nada restou, só restaram mesmo essas palavras, porque também não vou mentir que nunca mais falei sobre você a ele. não foi você que me fez ir embora, não foi teu desafeto, não te dou permissão de ser tão importante assim na minha vida. o que mais dói não é nem eu não ter mais absolutamente nada do que fazer em relação aos meus sentimentos sobre você, o que mais dói é eles terem deixado de existir como uma tsunami apagando uma fogueira. eu lembro de todas as cenas que me levaram a alimentar o que eu chamava de amor, é triste alguém ir se apagando aos poucos. talvez como você mesmo disse, nasceu pra ser sozinho e não depender de ninguém, mas a única coisa que te desejo é amar alguém, tanto, mas tanto, que não consiga ir embora nunca. achei que você fosse (a pessoa por quem não iria embora), mas foi a que me fez ir. é bom crescer, é bom desejar coisas boas a quem nos fizeram mal, talvez um dia você se toque de tudo que aconteceu e ria e sinta a leve queda de tudo que aconteceu nesse tempo, que o amor se esvai pelos dedos e pelos erros. não vou dizer que espero esse dia chegar, porque eu realmente não me importo, mas tenho certeza que vai ver que te dei o meu melhor, todo o grande amor, o meu nível de amor maior, que tudo que eu te dei foi de amor e por amor, e enxergue teus erros, ridículos, que fez tudo isso desmanchar. meu bem, meu amor, seja coronel da tua vida, o impactante senhor babaca, sem temores e independente. que um dia alguém alcance a tua parte que te faça baixar as tropas, já ouvi as minhas desculpas, todas aquelas que nunca foram ditas por ti. eu simplesmente fui embora, não rasguei, nem queimei. me inventei pra não ter nenhuma lembrança do gosto amargo e dos olhos marejados ao qual você se orgulha de ter deixado. eu queria ter te deixado coisas boas, alguma coisa boa, já que aqui dentro, sobre você, não me restou foi nada.