segunda-feira, 31 de maio de 2010

quando me perguntam de você

me aparece um sorrisinho no canto da boca, torço pra que deêm 2 min, ou 3... pois nada me vem a mente. nenhuma nova noticia vinda de longe, nenhum outro assunto pra focar. fica assim, em branco. talvez quem tenha me perguntando saiba mais que eu mesma. e quando ela me pergunta de você eu confirmo uma desculpa inventada. afinal, você viajou pra bem longe e não tem tempo pra me dar sinais de vida. você viajou, não é? pra longe de mim. pra um lugar onde eu não pudesse visitar. e assim, com esse silêncio que me permite atualizar uns poucos detalhes sobre sua viagem e de seu brilhante futuro, deixo viva uma memória sua, uma memória boa sua, em mais uma pessoa. uma delas, perdidas sobre tantas palavras sujas, vive em mim. diabos, mania minha ter sempre um ponto seu a defender. e o espaço onde cabe essa estória, não cabe nossas lembranças, não está comigo, você sabe onde está? eu não tenho certeza onde guardei todas aquelas coisas, você se livrou rapidamente delas. e você me ensinou isso e ensinava a cada dia. foi ensinando o porquê de tanta distância, o porque de não estar comigo agora, o porquê dos nãos vazios que eu tomava pra entender os porquês que tanto não explicava. ela me pergunta de você, não é só ela. eu me pergunto de você e de tudo que é seu. onde foi parar? sobraram coisas aqui dentro que não posso me desfazer.

- E ele sabe que tá contigo?
- Sabe sim, ele que me deu...