quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fortaleza, 2 abril de 2011

Há 8 anos não havia voltado àquele lugar..
Pegar esse voo em direção ao seu inicio seria mais fácil com menos lembranças, pensou. A maresia não a surpreendeu mesmo se sentindo estrangeira em sua cidade natal. Os lugares, um pouco deplorados do que se lembrava, as pessoas mais velhas, as crianças crescidas.. Tudo havia mudado. Num instante pôde perceber que ali não era mais onde ela se sentia em casa. A pronuncia dessas palavras doeram mais que toda a saudade que haveria depois da partida.
Passou em frente à sua antiga escola, lágrimas cairam pelo carinho que sentia ao lugar em que foi acolhida. Quanto à antiga casa, a coragem de visitar não se manifestou, andou por perto, pela rua, mas preferiu manter intacta a imagem daquele lar sendo o seu, com as cores originais e nenhuma mudança no jardim suspenso pelo qual corria e sentia o cheiro de vida, na infância. Lembrou que havia marcado as iniciais no pé de pitanga perto da cozinha lá de fora. Saudade, suspirou.
A praia foi o mais dificil, a sensação de liberdade, a vontade de se deixar levar pelas ondas e ver aonde ia parar.. Todo dia olhava da sacada o mar tão imenso que se mesclava ao céu - havia lido isso em algum lugar, agora pôde compreender- é verdade.
Um dia há de voltar..